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A CEIA DO SENHOR OU COMUNHÃO
OU ÁGAPE (FESTA DO AMOR)

Texto: I Coríntios 10:14-22


Introdução:
         A Igreja teve início com Jesus Cristo em Mateus 16:13 com a declaração de que “as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Dias depois morreu crucificado, foi sepultado e ressuscitou no terceiro dia.
         O Evangelho teve seqüência com seus discípulos que, depois do dia de Pentecostes em que todos foram cheios do Espírito Santo, começou o crescimento da Igreja e a sua perseguição. Primeiro quase três mil almas, na cura do paralítico mais cinco mil,  e depois a Bíblia fala de milhares de almas que, agregando-se à igreja, por causa da perseguição e a morte de mártires espalhou muitos para outras cidades e países.
         A Igreja cresceu tanto que o imperador Constantino resolveu unificar Igreja e Estado com objetivos políticos. Ela deixou de ser Santa, Separada, Universal e Apostólica. Já não se distinguia mais a diferença de crentes e não-crentes.
         Apenas uma reunião continuou a portas fechadas, somente para membros batizados, que era a Santa Ceia.  Somente os que estavam comprometidos com Cristo e com a Igreja poderiam entrar. Com isso, os que ficavam de fora levantavam calúnias e boatos de que lá dentro aconteciam orgias e “bacanais” (festa ao deus Baco – deus do vinho).       

         Quase todos eruditos intérpretes das escrituras sagradas concordam que originalmente a Ceia do Senhor consistia em uma refeição tomada à noite, não estando necessariamente vinculada ao culto dominical, mas antes, podia ser marcada para qualquer dia conveniente para a comunidade local.

         Este dia é dia de festa, celebração e júbilo, como lemos nas escrituras em Atos 20:7 Dia de partir o pão e entregar ao Senhor a melhor oferta do mês (I Co 16:1-4)
        

A Cerimônia:
         Havia três partes distintas naquele conclave:

1.     A Festividade: que consistia de uma refeição comum, como imitação da Páscoa dos Judeus. I Co 11:17 (1 – abuso na Ceia do Senhor; 2 – instituição da Ceia do Senhor, como fazer; 3 – tomando a Ceia indignamente). Todos os irmãos traziam de casa pães, carnes, cereais, frutas e legumes formando um banquete para dividir e compartilhar.
Os instrumentistas afinavam seus instrumentos, os salmos eram escolhidos minuciosamente e os textos bíblicos eram de alegria e mensagens de esperança.
2.     O Lava-Pés: (exemplo de humildade e perdão)    João 13:2-20:
a.      Jesus vestiu-se de escravo (I Sm 25:41 “então ela, Abigail, se levantou e se inclinou com o rosto em terra e disse: eis que sua escrava é criada para lavar os pés aos criados do meu senhor”. As mulheres inteligentes e capazes revelam-se pelo seu espírito de humildade e prontidão de servir). Enquanto Jesus lavava os pés, demonstrava sua humildade.
b.     Semitismo (tradição dos judeus) – Pedro entende que Jesus está instituindo um novo ritual para ser seguido por eles. Ele estava entendendo que seria um novo batismo. Mas Jesus responde (João 15:2 “Vós já estais limpos pela Palavra que vos tenho falado”)
c.     Jesus sabia que Judas o trairia. Mas, não o julgou, antes o amou até o fim. (João 13:1)
d.     Embora não fosse uma prática universal, fazia parte do cerimonial significando primeiro humildade, a importância do coração limpo. Os irmãos pedem perdão e perdoam uns aos outros.
3.     A Ceia do Senhor: onde se partia o pão e distribuía o suco da videira em memória do Senhor Jesus e sua expiação. Lembrando o passado e corroborando o futuro – “fazei isto em memória de mim”, “até que eu volte”.

Comunhão ou Festa do Amor:
         Comunhão – no grego é koinonia – ter tudo em comum, compartilhar com o outro o que eu tenho. Amizade, sentir o mesmo que o outro sente. Chorar com os que choram, se alegrar com os que alegram (participação do mesmo corpo, mesma família)
         LER João 13:34  nisto todos conhecerão que sois meus discípulos se vos amardes uns aos outros.
         COMPARAR COM   I João 1:5-7 – a comunhão vertical não existe sem a comunhão horizontal.

Conclusão:
         A Ceia deve ser um encontro muito especial com o Senhor.
         A Ceia surge da unidade e produz unidade. Elimina quaisquer distinções sociais, nacionais ou denominacionais.


por: Bispo Paulo Mattos